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domingo, 22 de agosto de 2010

"ANIMAMENTO OU AVIVAMENTO"

1. Trono de Deus (Decisão soberana)
2. Obra de Deus (Lavoura)
3. Ceifa (Tempo de Colheita (Jo 4:35)
4. Ceifeiros (Bons Pastores, paixão e compaixão, falsa espiritualidade, alvos, metas, comprometimento)

Temos ouvido falar de muitos avivamentos e temos falado muito sobre avivamento! O avivamento da Rua Azuza, ou o avivamento do Conde Zizerdofh, ou de Wesley, Finney ou Moody, Coréia ou Colômbia.
Cremos que a igreja em células é a restauração dos odres para conter talvez o último e mais poderoso derramar do Espírito antes do fim. Porém temos visto que muitas pessoas têm chamado de avivamento o que na verdade é um mover do Espírito, mas, que penso eu, não poderíamos chamar de avivamento.
Sem contar outros que na verdade nem um pequeno mover do Espírito é, mas sim uma movimentação humana fruto do marketing e de bons "animadores" de auditório.
Quando Deus chamou Gideão para tomar Jericó e os livrar da opressão dos Midianitas, nós vemos acontecer um engano por parte do povo que não compreendia o que era um avivamento genuíno para aqueles dias; acharam que era o anuncio de uma festa animada junto à fonte de Harode e que se estenderia até ao arraial dos midianitas. Deus manda voltar os tímidos e os medrosos e vinte e dois mil retornam, logo em seguido vem o teste do lamber as águas e mais dez mil retornam ficando apenas trezentos. Era Deus estabelecendo os padrões de um avivamento genuíno que implica sempre em conquista e libertação de um povo da opressão, mas que não está fundamentado na força articulatório do homem e do marketing e sim na dependência do Espírito Santo de Deus, para que toda a glória seja dada somente a Ele.
Para que possamos entender com segurança o que é um avivamento genuíno do Espírito, primeiro temos de compreender o que não é avivamento.
Segundo o texto que relata a conquista de Jericó por parte de Gideão e seus trezentos (leia Jz 6:7,8) podemos concluir quando não há um avivamento genuíno:

1º) Não há avivamento genuíno enquanto os filhos de Deus fazem o que é mal, em casa, no trabalho, na igreja, na cidade. Fazer o que é mal não é apenas sonegar imposto ou cometer pecado, mas acima de tudo é não fazer na força do Espírito Santo (Jz 6:1).

2º) Não há avivamento genuíno enquanto os filhos de Deus estiverem escondidos nos seus guetos - Um dos nomes de Jesus era "amigo dos pecadores" (Jz 6:2-5).

3º) Não há avivamento genuíno sem clamor genuíno que procede de uma alma aflita e quebrantada por ver como Deus vê a verdadeira situação da nossa geração (Jz 6:6).

4º) Não há avivamento genuíno enquanto acharmos que avivamento é "festa", mas que não produz alegria do Espírito na vida das pessoas; que é cair no Espírito, mas que não produz depois um andar no Espírito; ou que é receber dentes de ouro, mas que não produz uma língua santa.
Avivamento é o tesouro se manifestando plenamente em um vaso que foi plenamente quebrado, que tem SIM manifestações exteriores e sobrenaturais como as quedas e os dentes de ouro, mas que também afeta por dentro, no caráter.
Ninguém pode Ter um encontro genuíno com Deus debaixo de um verdadeiro avivavento e continuar o mesmo. Muitos, na Bíblia, tiveram esse encontro e foram mudados, como por exemplo Paulo na estrada de Damasco, Jacó em Peniel, Zaqueu em cima da árvore. Até mesmo os magos que trouxeram presentes para Jesus foram orientados a retornarem por outro caminho. Sempre que houver um genuíno avivamento, nós, assim como aqueles magos, entraremos com o Cristo vivo, e como eles, teremos o nosso caminho de volta mudado.
5º) Não há avivamento genuíno com os tímidos, com os medrosos e com os displicentes que lambem as águas, ou seja, que não aprenderam a vigiar quando estão descansando, de férias.

Após vermos quando não há um avivamento genuíno, vejamos o que seria um genuíno avivamento.
É muito difícil definirmos um avivamento genuíno e talvez até mesmo impossível; penso que todos que o tentarem fazer depois terão que se desculparem por terem se enganado, por que o "VENTO SOPRA AONDE QUER; OUVE SE A SUA VOZ, MAS NÃO SE SABE DE ONDE ELE VEM, NEM PARA ONDE ELE VAI". No entanto temos uma certeza, o avivamento genuíno é o que procede do trono de Deus, que é o centro do universo. Se algo não vem do trono, não é genuíno. O fato de vir do trono nos garante que Deus mesmo é o autor de tal avivamento e não o homem.
A palavra trono aparece 230 vezes na Bíblia, 45 vezes só em Apocalipse, sendo 12 vezes no capítulo 4. Daí, vemos o valor que o trono ocupa no mundo espiritual e na palavra de Deus.

Na visão do Apocalipse tudo acontece em volta do trono, lá estão as sete tochas que são os sete Espíritos de Deus, os vinte e quatro tronos, o altar de ouro, o incenso com as orações dos santos. De lá procedem os relâmpagos, vozes, trovões e terremotos, lá há o rio da água da vida, os juízos procedem dele, ao seu redor existem anjos indescritíveis, multidões incontáveis, lá está o selo da aliança entre Deus e os homens, o arco-íris.

Se todas as ações de Deus na história procedem do trono, precisamos pensar em avivamento vindo do trono. Embora não podemos dizer exatamente como seria um avivamento genuíno, podemos, à partir do trono, avaliar alguns elementos que certamente devem existir em um genuíno avivamento e, então, buscarmos de uma forma intensa e verdadeira, com base na palavra de Deus, esse tão esperado avivamento.
Vejamos então os cinco elementos do trono que estão em Apocalipse 4, que devem estar presente em um genuíno avivamento.
1º) Avivamento é fruto de uma total perplexidade diante da pessoa de Deus (Ap 4:2,3).
João viu a Deus e disse que viu alguém, não ousou dizer o nome, ou descrevê-lo, estava perplexo.
Em tempos de avivamento não há tempo para tentarmos definir a Deus com explicações teológicas, é tempo de conhecê-lo profundamente, é tempo de experimentá-lo e não de explicá-lo.
O avivamento genuíno é em primeiro lugar fruto de buscar a Deus de todo o coração (e não as suas bênçãos) afim de o conhecermos de uma maneira tão poderosa que nos deixará perplexo diante de sua majestade e então nunca mais seremos os mesmos.

2º) O arco-íris (Ap 4:3).
O arco-íris é o pacto da salvação do homem e da criação. É muito difícil pensar em avivamento que não produza grande salvação espiritual, pois afinal de contas "na casa do nosso pai há muitas moradas" e João viu uma "multidão inumerável no céu".

3º) Relâmpagos, vozes, trovões e terremotos (Ap 4:5 e 8:5).
Avivamento são períodos nos quais a convicção do juízo de Deus se torna mais densa do que nunca no coração dos homens, é um tempo de exame radical, é um tempo de profundo arrependimento e convicção de pecado.
Avivamento é um tempo onde se ouve a voz de Deus e não a gritaria dos homens.
Avivamentos são períodos nos quais as rações acumuladas diante de Deus, durante anos, são lançadas com uma força avassaladora sobre a terra, destruindo estruturas antes intocáveis, quebrantando homens antes intocáveis, destronando principados antes invencíveis, um verdadeiro terremoto (nota: nunca houve tantos terremotos naturais como nessa geração (primeiro é o natural, depois o espiritual).

4º) Sete tochas de fogo (Ap 4:5; 5:6 e 1:14).
As sete tochas são os sete olhos dos sete Espíritos de Deus que tudo vê e nada pode ficar oculto diante Dele.
Avivamento genuíno é fruto do arrependimento gerado pelo profundo vasculhar de Deus no homem e do fogo purificador do Espírito Santo.
Antes de um verdadeiro avivamento temos que esperar um “fogo” destinado a nos provar... porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada... (1 Pe 4:12-17).
Avivamento exige realidade espiritual.

5º) O mar de vidro.
O trono de Deus está firmado na transparência e a base de verdadeiro avivamento também.
Avivamento genuíno é fruto de um profundo compromisso com a verdade no que falamos, nos negócios, nos relacionamentos, nos arranjos, na vida. É fruto de uma atitude de total transparência no exercício do poder, onde a contabilidade da igreja está aberta para ser auditada.
O genuíno avivamento como o de Atos 2, não é apenas com línguas de fogo, com alegria íntima, com embriaguez espiritual, das muitas conversões, das sombras de Pedro que curava, mas também é lugar de morte de mentirosos, dos Ananias e Safiras.
Avivamento é algo muito sério que exige temor, tremor, perplexidade, salvação de vidas, exige a voz de Deus e seu juízo, exige que sejamos aprovados pelos sete olhos e as sete tochas de Deus, exige a morte dos mentirosos diante do trono de Deus .

Pr. Naor M. Pedroza (Videira)

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